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sexta-feira, junho 04, 2004

ABECE... 

Ei, vcs sabem o q é C??
Além de ser a terceira letra do alfabeto, C tb é uma linguagem de programação... E eu tenho aula de C na graciosa matéria MAC2166, e além das 3 provas q tem em todas as matérias, em MAC a gente tb tem q entregar 4 EPs (Exercicios Programa)q a gente faz e entrega no Panda
...
Então, essa semana saiu o enunciado do EP4, e ele é bem BIZARRO!! Além de ser mó dificil de entender, ainda tem uma histórinha... E como eu sou muito bonzinho eu vou repartir essa historinha com vcs... É tosca pacas... Leiam por sua própria conta e risco, mas eu acho q ninguem vai ler até o fim...

Departamento de Ciência da Computação - IME-USP


MAC 2166 - Introdução à Computação para Engenharia

ESCOLA POLITÉCNICA - PRIMEIRO SEMESTRE DE 2004

http://panda.ime.usp.br
Exercício-Programa IV Entrega: 26 de junho de 2004


Ocultação por marca d'água


Motivações Estóricas

(Sugere-se bom humor ao ler esta seção de motivações estóricas. As instruções do que de fato deverá ser entregue no EP encontram-se na Seção 5.)

Conta a lenda que um certo imperador romano César Aubushtus cansou de assistir a encenações de faroeste e encantou-se com as estórias e fantasias das mil e uma noites de Bagdá. Algumas estórias descreviam uma espécie rara de um energético ouro negro que reluzia por baixo dos jardins supensos da Babilônia, e algumas fantasias falavam de perigosas armas de destruição de massa. Estas armas eram potencialmente perigosas pois uma eventual destruição da massa levaria uma fome sem precedentes ao obeso povo romano. De fato, depois que foram abolidas no império as torturantes diversões a base de pão e circo, o negócio da china fez da massa, também chamada de pasta ou macarrão, a base alimentar de toda a sociedade romana.

Preocupado em garantir o suprimento de carboidratos e de energia para o seu povo, César Aubushtus decidiu ampliar os domínios do mundo livre do império romano e levar aos cidadãos de Bagdá a liberdade e a pax romanas. Reuniu seus exércitos para invadir aquelas terras e depor o tirano rei local, que geniosamente se recusava a pronunciar as palavras mágicas: Ave César. Apesar de contar com um arsenal de armas pirotécnicas desenvolvidas com as mágicas tecnologias de seus magos cientistas, os melhores do mundo, César Aubushtus não conseguiu livremente impor a pax romana naquelas terras. Isto foi uma verdadeira tortura tanto para César Aubushtus quanto para a população da Babilônia. A melindrosa Babilônia, baseada em históricas desconfianças, preferiu repudiar o infiel imperador a aceitar uma pax de araque.

Uma das históricas desconfianças era o milenar conflito que havia numas terras vizinhas. Isto vem desde o desentendimento entre dois irmãos Ys Raéu e Ys Maéu. Durante o Império de César Aubushtus, alguns de seus descendentes, liderados respectivamente por Ariéu Xarão e Hara Fá, disputavam entre si. O mundo livre romano fôra durante muito tempo a casa mais segura aos perseguidos descendentes de Ys Raéu, que por sua vez retribuiam ao mundo livre romano com o trabalho e o fruto de suas riquezas e conhecimentos. Esta amizade histórica com os filhos de Ys Raéu levava César Aubushtus a tomar partido de Ariéu Xarão. Ocorre que a população da Babilônia tomou partido de Hara Fá. Assim, interessado no amor da população da Babilônia, César Aubushtus decidiu dispender suas energias para pacificar as diferenças entre Ariéu Xarão e Hara Fá.

No mundo livre romano e nas terras amigas reinava a liberdade. A pax romana garantia o desenvolvimento das comunicações através do emaranhado (chamado carinhosamente de Néti) das estradas romanas (também chamadas de linques), estas brilhantemente desenvolvidas pelos magos cientistas romanos. Pelos linques circulavam os carros romanos, transportando suas diversas mercadorias. Cada mercadoria era contida num invólucro chamado arquivo. Uma categoria importante de mercadoria era o documento, fosse ele um desenho ou um texto de uma correspondência (muitas vezes chamado de i-meio). Existiam dois amigos (Biu, do mundo livre, e Levi, da tribo de Ys Rael) que viviam trocando i-meios através da Néti. A comunicação por i-meio não era totalmente segura pois, de vez em quando, alguns saqueadores roubavam mercadorias ou violavam as correspondências examinando os arquivos. Estes saqueadores eram muitas vezes chamados Réquers, e costumavam implantar seus bedéis, também chamados de Isnífers, para ficar bisbilhotando os arquivos durante o tráfego nas linques romanas. Certamente parecerá paradoxal, mas na ânsia de reduzir o problema dos saqueadores, muitos Réquers eram os próprios soldados romanos que procuravam bisbilhotar os i-meios, de modo a identificar outros saqueadores, que também usavam i-meios para se comunicar. Como os dois amigos gozavam da liberdade no mundo livre e nas terras amigas, sabiam que o conteúdo de sua comunicação não era perigoso e nem se preocupavam em garantir a inviolabilidade de seus i-meios.

Para encurtar a estória e chegar logo ao desenvolvimento do exercício-programa IV, num daqueles dias em que tudo dá errado, houve um acidente nas manobras militares romanas, Ariéu Xarão sentiu-se traído pelo imperador e iniciou-se uma guerra entre os de Ys Rael e o mundo livre romano. Este foi um dia muito triste, face à longa amizade e interdependência entre o mundo livre romano e a tribo de Ys Rael. Mesmo assim, Biu e Levi continuavam amigos e desejavam trocar seus i-meios pela Néti, já que a pax romana garantira o desenvolvimento e uma grande difusão das linques em suas regiões. Contudo, num mundo em guerra, o conteúdo da amizade e do diálogo entre ambos poderia ser entendido como traição aos respectivos líderes, mesmo que de fato esta amizade até ajudasse a trazer a paz. Assim decidiram que era o momento de garantir a inviolabilidade da comunicação de seus i-meios. Para tanto, decidiram convidar discípulos aprendizes da famosa Academia Poly Téchnika para resolver o problema.


Missão de cada discípulo da Academia Poly Téchnika
Suponha que Levi queira mandar um texto de um i-meio para Biu (poderia ser o contrário), através de um arquivo. Levi sabe que haverá Isnífers implatados por Réquers na beira das estradas romanas, as linques, xeretando os arquivos. Para não levantar suspeitas, o arquivo deve conter algum documento aparentemente banal, mas deve portar, de forma codificada, o texto do i-meio que Levi deseja mandar de forma inviolada para Biu.


Ocultação por marcas d'água
Cientes do problema, seus gregos mestres deram as linhas gerais de um esquema de codificação a ser usado nos i-meios entre Levi e Biu, e bolaram este Exercício-Programa IV. Este esquema viria a ser chamado de ocultação por marcas d'água devido à semelhança com as técnicas de marcas d'águas usadas para autenticar documentos escritos nos papiros de então. Um eventual discípulo não deve estranhar se seus gregos mestres começarem a falar na língua grega, muitas vezes também chamada de linguagem C. (...)

Eu só coloquei até aki, pq depois disso eles começam a falar o q tem q fazer no EP...
Esse pessoal do IME (Instituto de Matemática e Estatística, MAC é uma materia de lá...) é estranho...

PS: Pelo menos O Mestre deve saber do q eu estou falando, pq além de mestre de Vampiro e de D&D, ele tb manja de C e de algumas outras letras do alfabeto... (não esqueça dos meus pontos de experiencia por puxa-saquismo... hehehe)

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